"Então que fizeste hoje?"
Banalmente respondi,
"Nada de jeito."
Depois pensei. Como sou ingrata. De todas as vozes oprimidas, que não se podem ouvir, que são proibidas de sofrer, impedidas de pedir socorro, das que são torturadas até que se sumem...E as que podem falar... Nada de jeito.
Pensando assim, reformulei a resposta. Com um sorriso na cara respondi,
"Vivi."
E as vozes oprimidas, vozes mutiladas pela violação dos seus direitos, vozes que ao longo dos tempos se transformam em sussurro? Cordas vocais esquartejadas por todos os dias a que respondem,
"Hoje? Hoje continuo sem existir."
Agora pergunto eu,
"Que fizeste hoje?"
4 comentários:
Quantas vezes o mais óbvio nos escapa, quantas vezes o mais comum nos parece ridículo e quantas vezes nesse óbvio e comum estão as pontas de felicidade que precisamos quando estamos em baixo? Quantos não podem ter essas pequenas grandes coisas que por vezes (muitas!) desprezamos? Continua a viver e a valorizar o mais mundano dia-a-dia =)
Beijinho da,
Pekenina*
Muito Obrigada pelo comment*
Já me levantei e fui ás aulas. Depois fui buscar o Almoço :P
Beijinhos
**
Nao deixes nunca de o fazer.Vive!aproveitar todos os momentos que nos sao dados e um dom. e um dom saber aproveitar e viver todos os momentos quer sejam bons ou piores, deixa que todos "nada de jeito" se tornem todos num "vivi"
Hoje senti, pensei, olhei-me no espelho de mim próprio e percebi que existi...
Um beijo... :-)
Enviar um comentário